segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Levei um Amigo

Sei que alguns estão ansiosos para verem as fotografias do treino, mas cada coisa a seu tempo.
Por agora quero deixar o registo de mais um simpatizante a estes grupos que existiram na Vila de Riachos.
Amigo de infância esteve sempre virado para outras lides que não as tauromáquicas aliás sempre me confidenciou que só gosta de ver as pegas.
Se este meu amigo gosta de ver as pegas porque não proporcionar-lhe um dia diferente em amena confraternização com aqueles que as executam.
Assim pensei e assim fiz.
Regras são regras e acordar cedo foi uma das condições impostas por mim a esse meu amigo.
Lá fomos ter com aqueles que nos iriam brindar com as pegas que o meu amigo gosta.
Mais alguns requisitos foram impostos por mim. 
Leva a maquina fotográfica, vontade de apreciar todas as movimentações do pessoal, de comer e beber ouvindo historias ligadas à tauromaquia e se quiseres experimentar fazer uma pega ou dar ajudas eu meto uma "cunha" ao "Cabo".
Esse meu amigo preferiu ficar no ultimo degrau das bancadas.
Agora é com satisfação que o tenho elucidado sobre as coisas que se relacionem com os Forcados de Riachos (não pára de me fazer perguntas).
 

Em crescendo

Estão de parabéns todos os elementos do Grupo de Forcados Amadores de Riachos, amigos e simpatizantes.
O futuro Cabo (que não se tem poupado a esforços) juntamente com alguns dos elementos que compõem o Grupo, proporcionou a todos um magnifico treino no dia 27-02-2011.
Está em crescendo este Grupo e penso que a pouco e pouco os Riachenses vão tendo consciência que o reabilitar desta tradição que ao longo dos anos fez a alegria de muitos aficionados é importante.
O envolvimento de todos é crucial para que este grupo cresça até patamares superiores.
Por agora existe muito trabalho a fazer, porque a maioria dos elementos que compõem o Grupo são jovens que só davam largas a sua "aficion" em largadas de toiros e picarias.
Elementos mais velhos, que pertenceram ao Grupo de 1995 e outros que sendo Riachenses mas que na  altura por não existir Grupo em Riachos, pegavam em outros Grupos, estão agora a transmitir os seus conhecimentos a estes novos elementos.
A necessidade de um espaço (Tertúlia) onde estes jovens pudessem conviver e ao mesmo tempo irem ficando inteirados da história dos Grupos de Forcados que ao longo dos anos foram sendo criados naquela Vila, será uma das prioridades.
Não sei se existe algum Riachense que disponha de um espaço (que não utilize) e que possa facultar para  servir de Tertúlia afim de estes jovens (e menos jovens) se possam reunir e expor para os visitantes algumas recordações dos tempos antigos em que os Grupos de Forcados de Riachos andavam nas "bocas do mundo".
Aqui fica o desafio para se instalar uma tertúlia "definitiva" de Forcados na Vila de Riachos.
Brevemente irei colocar neste blogue algumas fotografias do treino bem como também quero agradecer ás pessoas que cederam o espaço para que esse treino se realizasse. 
     
Duas gerações à esquerda José Alexandre, seguido de seu filho Rui Alexandre podem ver-se ainda o Cabo Carlos Branco e Jorge Vaz "Radar" de costas um simpatizante
Na falta de uma tertúlia as concentrações do Grupo são feita no Café Arado em Riachos (ainda fechado àquela hora da manhã)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Forcados e solidariedade

As coisas são como são e não vale a pena eu estar aqui a dissertar muito sobre elas.
No entanto tenho que fazer um  reparo  ao espírito beneficente e de solidariedade que envolve o carácter das pessoas que integram os grupos de Forcados e não só.
Nos tempos que correm algumas pessoas não fazem nada sem que dai possam tirar proveito.
Os Forcados esses sim estão sempre prontos a dar o seu contributo e "não têm nada a perder" porque mesmo sem serem corridas de beneficência "nada" recebem.
Bom, quando digo (não têm  nada a perder) falo em termos monetários, porque podem perder tudo.
Se analisarmos a situação podem perder a vida.
Podem perder o sustento da família se ficarem inválidos.
Podem perder dias de trabalho se a colhida os enviar para o hospital.
Mas eles nunca se negam.
Até mesmo antigamente quando existiam Forcados profissionais, caso fossem convidados para espectáculos de solidariedade eles prescindiam de qualquer ganho.
Vem isto a propósito de que no ano de 1997,na Primeira Grande Corrida "Abraço" no Campo Pequeno em Lisboa, quatro Forcados do Grupo de Riachos integraram a selecção de Forcados.
Foram eles: José Quitério (foi à cara) Fernando Gandara (primeira ajuda), Ângelo Sousa e Marco Alves (2ª ajudas).
Agora só mais um apontamento que diz respeito ao relatório de contas do exercício de 1945, do Sindicato Nacional dos Toureiros Portugueses onde foi atribuído um subsidio de 500 escudos a um Forcado de Riachos de seu nome António Augusto por ter sofrido uma colhida numa espera de toiros em Vila Franca de Xira pela altura das festas do Colete Encarnado.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

"Almamente" "Os Outros"

Algumas fotos da parceria, que foi feita entre os dois agrupamentos musicais, com o futuro Grupo de Forcados Amadores de Riachos e que se realizou na Casa do Povo da Vila de Riachos no dia 12-02-2011.
Aproveito para dar conta da realização do primeiro treino de 2011 do G.F.A.R. a realizar no dia 27 do corrente mês.
Espero em breve colocar online tudo o que se passar nesse treino.
"Os Outros"
"Os Outros"  
"Os Outros"


"Almamente"
"Almamente"
"Almamente" 
Carlos Branco (Futuro "Cabo" do G.F.A.R.)
Jorge Vaz "RADAR" (apoio na logística do G. F. A. R. )
À direita Jorge Dinis "Rato" grupo de 1995 ao centro João Neves "Tordo" grupo de 1995 na esquerda "um novato"
"A velha guarda" a dar maus exemplos ao novato

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

World Sounds

Foi a 12 de Fevereiro de 2011, que na Casa do Povo da Vila de Riachos, se realizou um evento com dois agrupamentos musicais numa parceria com o futuro Grupo de Forcados.
Com o patrocínio de "Vani  Modas" no Entroncamento, "Luís Mota e Filhos Lda" (comercio de ferro) em Vale da Pinha Cartaxo, e a "Relote do Vitó" na Zona Industrial de Riachos, este evento (segundo me confidenciaram) teve uma boa afluência de publico.
Pena é, eu não ter mais pormenores para os poder divulgar, porque através das estatísticas deste blogue sei que é consultado  em países tão distantes como os Estados Unidos da América, Venezuela, Malásia, Brasil, Dinamarca, entre outros por onde devem andar emigrantes Riachenses a avaliar pela regularidade com que visitam estas páginas.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Particularidades

Antigamente, com menos recursos disponíveis as pessoas tinham mais brio no que faziam.
Os panfletos que se distribuíam para anunciar as toiradas vinham devidamente ilustrados com fotografias dos artistas bem como com os seus nomes.
Os Forcados não eram esquecidos por isso ao contrario do que se vê hoje (onde só o nome do cabo aparece) antigamente havia a preocupação de colocar o nome de todos os elementos do Grupo.
Mas não só, cartazes há onde foram impressas algumas particularidades.
Tenho em mãos um panfleto que demonstra bem o que acabei de escrever.
Anuncia um festival taurino na Praça de Vila Nova da Barquinha.
Domingo, 13 de Julho de 1952, ás 17 horas e 30 (5 e meia da tarde)-(se o tempo o permitir)
Sete novilhos toiros e uma novilha, todos puros e oriundos da extinta ganaderia Terré e Terré.
Dois Cavaleiros: D. Luiz Atayde e D. José Atayde
Três Espadas: Mário Freire (de Riachos) José Mota Maia (da Atalaia) Joaquim Ramos  "El Mocito"(da Ponte de Sôr)
Bandarilheiros - os afamados amadores António Manuel, António Patrício Malaquias (do Entroncamento) José Cavalheiro, Júlio Martins, João Simões dos Santos (de Riachos) e António Soares (do Barreiro)
Coadjuvam a lide os profissionais: Pedro Gorjão, José Rosa e Manuel Freitas.
A Banda foi a dos Bombeiros Voluntários da Barquinha.
Um valente grupo de Forcados, tendo como Cabo o veterano Forcado Joaquim Dias que apesar dos seus setenta (70) anos de idade faz a sua despedida nesta praça onde também se estreou nos tempos áureos da sua mocidade, cujo o Grupo é composto por destemidos rapazes dispostos a não desprestigiar o brio que os Riachenses sempre demonstraram nestas actuações sendo os seguintes:
José Dias, José Anselmo, José Rato, João Ferreira Simões, Joaquim Salvador Rosa, Joaquim Canivete, e Augusto Rosa.
Mais uma particularidade que aqui deixo registada e que diz assim:
Os militares fardados com graduação até cabo têm desconto de 50% excepto nos camarotes.
Este espectáculo taurino estava integrado nas festas da Santa Casa da Misericórdia e o cartaz entre outras coisas diz-nos que os transportes estavam assegurados tanto de camionete como de comboio para antes e depois do espectáculo e ainda trazia algumas indicações úteis com decretos lei para que assim os espectadores conhecessem os seus direitos relativos ao evento.
"Devia dar mais gozo ir aos toiros naquela época".
Serra Torres (desfardado)
 






   

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Estar atento



 "Estar atento" é ficar com os sentidos todos em alerta.
Este blogue que tem como principal objectivo dar a conhecer ao mundo parte da historia dos Grupos de Forcados que ao longo dos anos se foram formando na Vila de Riachos,  mas requer também da parte de quem o lê e em especial (dos que foram, são ou ambicionam ser Forcados em Riachos) alguns momentos de reflexão.
Por conseguinte não basta ler por ler.
Importa também retirar dele algumas lições dessa herança cultural que pertence a todos os Riachenses.
Aprender com os erros do passado, corrigir o que de menos bom foi feito (tendo em atenção que os tempos são outros) e depois prosseguir tentando sempre fazer pelo melhor.
Vem esta retórica toda a propósito de um outro blogue que eu acho muito interessante e que todos que por aqui passam deveriam consultar.
Podem entrar por Partebilhas e ai vão encontrar muitos ensinamentos proveitosos. 

 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Eu vou pela Paz





A vida é breve.
A vida é uma ciência.
Todos nós temos limitações, e todos nós cometemos erros.
A nossa visão de qualquer coisa é diferente da do nosso parceiro.
A ciência da vida está em haver respeito mútuo.
Convêm lembrar que a escala de valores pela qual uma pessoa avalia uma coisa é diferente daquela pela qual outra pessoa avalia a mesma coisa, por isso é imperativo haver consenso.
Não devemos julgar, nem criticar outra pessoa, se não conseguimos fazer igual ou melhor que ela, mais ainda quando está em causa uma tradição secular que são os Forcados de Riachos.
Preservar a tradição, mais a memória dos que a quiseram imunizar ao longo dos anos está primeiro que tudo, só depois podemos começar a separar o que não presta.
Sempre existiu (e vai existir) quem se queira apropriar de um meio para atingir a um fim.
Não é errado de todo desde que se respeitem regras.
Ao longo dos anos, apareceram e desapareceram iniciativas para reactivar um grupo de Forcados na Vila de Riachos, para assim se dar seguimento à tradição, iniciativas, essas, que até agora só deram alguns resultados práticos e pouco sólidos.
Farto de ouvir críticas depreciativas e sem ver resultados estimulantes da parte de quem os profere gostaria que houvesse mais envolvimento por quem têm “responsabilidades” nesse meio, por serem Riachenses.
Vão ao encontro de quem está apostado em reactivar o Grupo, sentem-se a uma mesa e conversem, usem a vossa experiência para que as coisas prossigam no seu melhor sem interrupções.
Dêem as mãos acabem com “possíveis guerras” ou “incompatibilidade de feitios” que possa haver.
Como escreveu Serra Torres, no primeiro logótipo que se conhece “Um por todos e todos por um” afinal de contas vocês, são Riachenses, ou vivem lá e comungam da mesma paixão que é a festa dos toiros e em especial a Forcadagem      
Isto não é um recado para ninguém é um estimular de consciência que por vezes “acho eu” deve de ser proferido por quem está de fora para assim ser melhor compreendido.