quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os que passaram ao lado

Dinah Amaral, aficionada, falecida em Junho de 2008,
Pela ternura das suas mãos passaram vários rapazes e raparigas de quem foi ama.
Pelo respeito, instinto, e uma forma notável de estar na vida nunca teve influência nas crianças no sentido de as levar a gostar de Tauromaquia.
Na cave da vivenda, existiam entre outras coisas recordações ligadas à Tauromaquia com fotografias, bandarilhas, chocalhos, barretes, etc..
A rapaziada sempre por lá brincou e pelos vistos (que eu saiba) ninguém se fixou naquele tema.
Podem até ser simpatizantes (talvez por minha influência) mas que se dedicassem a isso não tenho conhecimento, pese embora o facto de a maioria deles eu os ter perdido de vista.
Por isso digo que esses passaram todos ao lado.
Certamente enveredaram por outros caminhos como foi o caso do Filipe, pelos vistos à Tauromaquia nada ligaram mas ficou-lhes sempre no coração a "Mãe amiga" que por sinal até era muito aficionada mas que nunca os influenciou nesse panorama artístico.
Este, o Filipe, (até porque haviam ligações antes de ele nascer entre as duas famílias) deixou-nos um carinho especial que por sinal é reciproco, senão vejamos.
O Filipe estudou musica e por ai fez o seu percurso, (também como professor nessa vertente) lançou o seu primeiro trabalho musical em CD, com o titulo de Impressão Digital e recentemente veio a publico o seu segundo trabalho Terra, Água, Fogo e ar.....de Rock, que dedicou  à Dinah.
Este seu trabalho está a ser comercializado também online basta irem ao site oficial ou à pagina  do Filipe no Facebook.
Um dia destes até pode ser que eu teste a aficion do Filipe convencendo-o a dar um pequeno espectáculo para  angariação de fundos do Grupo de Riachos.
 


 
   

Acontece

Na maioria das vezes as coisas acontecem naturalmente sem que tenhamos que as provocar ou até mesmo sem estimular quem quer que seja.
Vem isto a propósito de as coisas se terem conjugado para levar o meu neto a um dos treinos do Grupo.
Ora o rapaz que, ou por falta de jeito meu, ou pelo seu feitio, não me deixa brincar com ele, não me dá um aperto de mão, abraço e muito menos um beijo.
De tenra idade os encantos dele são o computador e a playstation.
Em 07-05-2011, resolvi convidar a minha filha para ir assistir ao treino tal como acontecia quando também ela era de tenra idade e me acompanhava para todo o lado.
Claro que o rapaz (pela primeira vez) acompanhou a mãe, e durante o treino (eu estava na arena) olhava para as bancadas e reparava que o entusiasmo dele era tanto que metia conversa com uma pessoa estranha.
Depois vim a saber que discutia com a irmã do Carlos Duarte  "G.S." quem ia para a cara ou quem ia puxar o rabo ao toiro.
Realmente o espectáculo das pegas "marca" naturalmente as pessoas.
Desde esse dia e quando cá vem a casa a primeira preocupação dele é chamar o avô para irmos fazer umas pegas.
"Arranjei mais um amigo"
"O meu amigo"
Temos que lhe fazer a vontade
Prenda de aniversário (logótipo não oficial)
Chamusca 1996. João Santos no chão e Carlos Branco pelo ar

terça-feira, 26 de julho de 2011

A união faz a força

Porto de Mós, uma Vila do Distrito de Leiria, tem como Santo Padroeiro São Pedro e como património o Castelo de Porto de Mós também conhecido Castelo de D. Fuas Roupinho, Igreja de São Pedro, Igreja de São João e Capela de Santo António.
As festas de São Pedro, decorreram entre 25 de Junho e 3 de Julho, e incluíram entre outros eventos algumas vacadas.
O Grupo de Riachos foi convidado para fazer uma demonstração de pegas a três novilhos da ganadaria Carlos Damas.
O que consegui recolher da actuação do Grupo não tem a melhor qualidade de imagem mesmo assim valeu a colaboração de um aficionado que infelizmente não conseguiu registar a pega do Marquitos.
O Cabo mandou malta nova para para o recinto e eles cumpriram mediante as suas qualidades que ainda não são muitas porque infelizmente os treinos tem sido escassos.
Desejosos por estrear as jaquetas o que até ao momento ainda não se registou  por falta de convites pois assim talvez o meu desejo seja realizado em os ver estrear as ditas na sua terra junto das suas gentes. 
O Grupo
Indicações do Cabo ao Marquitos
Um carinho ao Marquitos
Luís Azevedo a recuar
Pega de Luís Azevedo
Agarrado à barbela
Luís Folgado a rabejar
André Pinto
André Pinto
André Pinto
O novilho a fugir ao Grupo
Um dos velhos "ao leme"
Grupinho novo mas coeso
Aguenta ai ó Tordo (João Neves)
Ai está, olé

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Tentativas

Falando em Riachos de outras épocas poderemos constatar e louvar as tentativas que já se fizeram para reabilitar algumas tradições daquele povo, nomeadamente a de um Grupo de Forcados.
Por todo o lado se têm reabilitado tradições que se foram desvanecendo ao longo dos tempos e recordando outras que agora estão a despertar a curiosidade das pessoas, principalmente dos mais novos.
Falo da recreação de eventos históricos, como feiras medievais, danças históricas, feiras de gastronomia, recuperação e apresentação de doçaria conventual, etc..
Presentemente na Vila de Riachos, estamos novamente a assistir a mais uma tentativa para  reabilitar uma tradição que certamente será do agrado daquela gente principalmente de quem a viveu na primeira pessoa e em outras épocas.
Só falando e divulgando aos mais novos esses acontecimentos do passado, se consegue despertar a sua curiosidade para o fenómeno presente.
Para se ter a percepção do que se perdeu ao longo dos anos naquela Vila, nada melhor que "retirar" umas palavras do livro "Visitas Paroquiais na Região de Torres Novas (século XVII - XVIII )" de Isaías da Rosa Pereira, que ao referir-se a uma acta escrita, quando no dia 31 de Outubro de 1747, depois de uma visita Paroquial à Igreja dos Casais de Riachos, feita pelo Dr. Luís Gomes Loureiro em nome do senhor Cardeal Patriarca D. Tomás de Almeida disse o seguinte:
"Constou-me que os moradores, mordomos e confrades do dito lugar Riachos aplicam e gastam os rendimentos das confrarias e esmolas, em coisas menos licitas e Festas de Toiros, que não são do agrado de Deus".
Por aqui se pode ver que a tradição da Festa Brava, em Riachos percorreu um caminho que vai pelo menos de 1747 até aos anos cinquenta do século XX altura em que se começou a desvanecer.
Um dos ressurgimentos dá-se por volta de 1963, outro em 1995, e agora 2011.
Que venham a corridas e a vontade de prosseguir em frente sem interregnos. 

Chamusca 1996 (Cabo João Santos)


    
Riachos (Carlos Branco actual mentor do Grupo e o filho João Branco)

 
 
 
     

domingo, 24 de julho de 2011

Uma Aficionada

Chama-se Patrícia Branco Lopes e hoje foi o dia do seu aniversário.
Parabéns Patrícia.
A Patrícia ainda não era nascida quando o seu pai Jorge Lopes, frequentava os treinos do Grupo formado em 1995.
Jorge Lopes embora tivesse participado nas funções dos treinos nunca se chegou a fardar a vida assim o exigiu mas o seu coração sempre esteve com aquele Grupo até porque tinha lá um dos irmãos a pegar.
Posteriormente também um dos sobrinhos se começou a destacar num Grupo da região.
Agora com o Grupo de Riachos novamente a tentar relançar-se é natural que as emoções do Jorge Lopes estejam de novo ao rubro no sentido de ajudar o Grupo no que for preciso, (é isso que tem feito).
Essas atitudes repercutem-se nos filhos e a Patrícia já foi "contagiada".
A pedido ou como prenda dos pais não houve nenhuma tourada em sua honra, mas sim um passeio de Charrete para ela comemorar este dia com toda a rapaziada.

Parabéns Patrícia
Rapaziada aficionada em passeio

terça-feira, 19 de julho de 2011

Brinde

"É com muito prazer e muita honra que eu e os "meus" Grupos de Forcados de Riachos, lhes brindamos esta página".

"Todos nós" (deste Grupo) entendemos que um aficionado deve dar valor, a todas as funções inerentes à festa brava.
Não só as figuras do toureio  merecem destaque. Elas por mérito próprio têm o seu valor, mas existem mil e uma tarefas que têm de ser feitas para que desempenhem bem a sua função.
Correndo o risco de me repetir, não me canso também de falar ou escrever sobre Campinos, Emboladores, Moços de Arena, Tratadores, Fotógrafos, Críticos e tudo o que diga respeito à Festa Brava.
Entendo também, que na Praça do Campo Pequeno em Lisboa, por vezes também se podem dar espectáculos  "entremeando" artistas consagrados com os menos reconhecidos.
Recentemente estive à conversa com um jovem que embora ainda não se tenha fardado de Forcado, tem ascendência na família que já o fez.
Esse jovem tem frequentado os treinos de um Grupo reconhecido e durante a conversa que tivemos falou um pouco e de forma desdenhosa, da maneira como colegas seus (entenda-se de outros grupos) tiveram recentemente no desempenho das suas funções.
É certo que esses "seus companheiros" não estiveram bem, mas se não formos nós a defende-los, ou a minimizar o que aconteceu quem o fará ?
Posto isto, entendo que quem se diz aficionado deve trazer os seus ídolos no coração. E o que nunca deve fazer é desprezar ou rebaixar os seus "companheiros de armas".
Agora e porque tudo isto foi um reparo (assim o entendo) para que os mais velhos não transmitam valores depreciativos aos mais novos e neste caso em relação aos seus iguais, aqui vos deixo o que penso ser uma raridade que possivelmente irá servir aos apreciadores.      
     

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Salta-lhe p'rá cara, salta-lhe p'rá cara

Comprei um livro.
Nada barato diga-se de passagem, mas na minha "ânsia" em continuar a pesquisar sobre os Grupos de Forcados que existiram na Vila de Riachos, por vezes tenho feito destes desvarios.
Certo é que eu já devia ter percebido que naquelas épocas era dado pouco relevo aos Grupos de Forcados.
Ainda hoje isso acontece, sem que críticos e escritores compreendam que são eles que levam as maiores ovações mesmo que estejam mal. 
As lides a cavalo ou apeadas eram soberanas, e já não bastava os Forcados serem maltratados pelos touros como também o eram pelos críticos e escritores que  não lhes davam relevo nas suas criticas ou quando o davam era para dizerem mal.
Quando comecei a ir ao touros pela mão dos meus progenitores o bulício em redor da praça de touros não me dizia nada, do que eu gostava era do que se passava lá dentro e por isso estava sempre ansioso por entrar.
Fatos, fatos brilhantes, cavalos, touros, capas cor -de- rosa, todo esse movimento e colorido me fascinavam.
Depois, havia aquele toque de "corneta", aquele toque especial e eu ouvia algumas pessoas cantarolarem; "-Salta-lhe p´rá cara, salta-lhe p´rá cara !". Saltavam uns homens lá para dentro, onde estava o touro. Fazia-se silencio na praça e eu ficava com uma sensação que não conseguia entender.
Apercebia-me sim que algo de perigoso ia acontecer.
Com o homem que estava em cima do cavalo não tinha essa sensação, nem com o da capa.
Eles estavam safos, um lá no alto e o outro "atirava" a capa para um lado e o corpo para o outro.
Mas aquele ali a chamar o toiro sem mais nada!... E lá estava eu a fazer perguntas ao meu pai: Quem são aqueles homens? de onde vêm? porque não têm fatos brilhantes? entre outras.
Hoje sei que esses homens não têm fatos brilhantes, nem precisam, porque são eles próprios que brilham, brilham mais que qualquer brilhante.
São eles que pela sua humildade e destemor conseguem arrecadar as palmas e a admiração de todos os aficionados.
Mas tal como antigamente os Grupos de Forcados continuam a ter pouca relevância para críticos e escritores, menos para o povo "anónimo" que felizmente ainda os continuam a idolatrar.
Muita da historia dos Grupos de Forcados de antigamente se perdeu, outra está a ser recuperada, nomeadamente a dos Grupos que existiram na Vila de Riachos.
Certo é que a muito custo e com muito dinheiro despendido em registos que deveriam conter essa historia mas que simplesmente foi ignorada ou omitida.
O tal livro que adquiri, é o "Vocabulário Taurino" de António Rodovalho Duro, que usou o pseudónimo de "Zé Jaleco".
Rodovalho Duro nasceu em Lisboa em 1857, foi Forcado amador, "aficionado" critico e escritor tauromáquico.
Nesse livro vêm descritos apontamentos de corridas de touros de 22 anos 1892»1914 e as referencias aos Grupos de Forcados são nulas.

     
     
 

sábado, 2 de julho de 2011

"Filhos de um deus menor"

Uma película de 1987 de uma emocionante e envolvente historia de amor.
Daqui só quero aproveitar o titulo deste filme para falar do que me vai na alma.
Já sabemos por outras paginas deste blogue (para quem o souber interpretar)  que a coesão do Grupo se está a cimentar muito rapidamente devido ao entendimento do "Cabo" Carlos Branco e dos seus pupilos que consciente, ou inconscientemente, vão absorvendo certas atitudes do seu "timoneiro".
Posto isto quero realçar o seguinte:
Algumas pessoas ou organizações já estão a fazer contactos com este novel Grupo.
Acontece que têm surgido oportunidades para que o Grupo comece a ser falado no meio taurino.
Certo é que têm sido em eventos de "pouca projecção" e alguns "cartéis" foram preenchidos com o "nosso Grupo" porque houve a desistência de outros eleitos. Aproveitando os eventos para que são solicitados o "Cabo" tem sabido aproveitar humildemente esses momentos para assim dar rodagem a quem está a começar do zero.
Numa outra pagina já aqui falei do enlace que houve entre a organização das festividades do padroeiro da Vila de Riachos com futuro Grupo de Forcados e por mim acho que ambas as partes estiveram bem dado à aficiom que aquelas gentes tiveram e têm desde tempos imemoriais.
Na pagina a que me refiro não foram feitas referencias aos intervenientes porque ainda não os tinha confrontado mas agora já estou em condições de o fazer.
João Branco (Branquinho) filho do "cabo" fez a abertura com um comovente brinde ao "cabo".
André Pinto, neto dos proprietários da tertúlia, Luís Azevedo (Luizinho Mecânico), Pedro Silva, Nuno Gameiro (Pescadero) foram os protagonistas de boas pegas devidamente auxiliados por Mário Vieira, Luís Folgado, Fausto e Paulo Gaivoto (Tita) que chegou a jogar futebol no Manchester United. (o que é que deu a esta cabecinha tonta para se virar para os toiros).
Uns dias mais tarde através de um elemento que pertenceu ao Grupo de 1995,  João Neves (Tordo) decorreu uma jogo de futebol seguido de um almoço para cimentar ainda mais o espírito de camaradagem.
A 25-06-2011, na bonita praça de Santa Eulália (Elvas) o "nosso" Grupo participou num convívio de Grupos de Forcados, para pegarem Novilhos de Pedro Tinoco.
Pelos de Riachos estiveram presentes o "Cabo" Carlos Branco, João Neves, Nuno Gameiro, Nuno Reis, Fausto Costa, João Branco, André Pinto, André Rito, Mário Vieira, Luís Azevedo, Júlio (Brasileiro) Nuno Matos e Paulo Gaivoto.
Dois dos nossos rapazes (devido à sua entrega) foram parar ao hospital, e o Nuno Reis "sacou" a melhor pega do evento.
Bem recentemente nas festas de Porto de Mós em honra de São Pedro, que decorrem entre o dia 25 de Junho e 3 de Julho, o "nosso" Grupo foi convidado para actuar no dia 1 com uma demonstração de pegas.
Calharam em sorte três Novilhos de Carlos Damas, e compareceram 18 elementos do Grupo.
A saber:
"Cabo" Carlos Branco, Marquitos, Luís Azevedo, André Pinto, João Branco, João Neves, André Rito, Paulo Gaivoto, Luís Folgado, Mário Vieira, Nuno Reis, Nuno Matos, Nuno Gameiro, Pedro Silva, João Costa (Palitos), Fausto, Nuno Alexandre e João Ferreira.
Marquitos teria sido o protagonista da noite com uma excelente paga, Luís Azevedo, pegou ao terceiro intento e André Pinto á primeira tentativa.
"Os meus rapazes" estão de parabéns por andarem a dignificar a memória dos que por cá passaram e o nome da terra que os viu nascer.
Todos sabemos que num Grupo de Forcados nem todos os elementos pertencem à terra pela qual envergam as jaquetas por isso mais uma razão (para mim e para muitas pessoas) para lhes demonstrar todo o nosso apreço.
Riachenses vamos todos apoiar e dignificar o grupo da "nossa" vossa terra.