terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Mentalista

E o Forcado de oiro pá ?
E as corridas com 8 e 9  touros pá ?
E as corridas mistas pá ?
Pois é, não sou invejoso, por isso entendo que deveriam de existir em Portugal mais corridas mistas para assim se agradar a "gregos e troianos".
Dava-se assim oportunidade aos aspirantes a Matadores de Touros, que prematuramente ( depois de saírem das escolas de toureio) se têm que deslocar para Espanha a fim de seguirem a carreira que ambicionaram.
Como entendo "estar a meter a foice em ceara alheia", porque pouco ou nada percebo do assunto vou-me desviar dele e centrar-me no que me levou a criar mais esta pagina.
«O Forcado de oiro»
Na década de 50, " O Grupo de Riachos" devia andar numa fase conturbada (assim me parece) com a disputa da sua liderança.
Existem indícios de que por vezes se apresentavam dois Grupos, na mesma corrida. Um ia denominado como Grupo de Forcados de Riachos, e o outro ia denominado com o nome do cabo que o estava a comandar.
Ambos os Grupos seriam da Vila de Riachos, (profissionais) mas nessa época deveriam estar em litígio pelo comando com homens divididos e em numero suficiente para formarem dois ou mais Grupos.
Participavam nas corridas onde figuravam os melhores Cavaleiros e Matadores de Touros da actualidade, e nas mais conceituadas praças do País.
Com essa disputa de liderança deviam dar o seu melhor no que respeita ás pegas porque chegaram (em disputa com outros Grupos) a ganhar o Forcado de oiro.
- E o Forcado de oiro pá ?
Pois é, que bom seria, ter havido alguém nesses tempos (e em outros) que fosse disciplinado ao ponto de recolher e preservar todo esse historial (material)  para  que agora o pudesse-mos apreciar numa sala do Museu Agrícola de Riachos.
Talvez as divisões tenham proporcionado um orgulho desmedido em certas pessoas ao ponto de as levarem  a cometer actos de bravura em praça e que depois as catapultou para a celebridade que se ficou só por aqueles tempos porque depois de desaparecerem deste mundo nada ficou (ou muito pouco) para a posteridade.
Ao que julgo saber existem alguns (poucos) bons exemplos de Grupos de Forcados, que (possivelmente) apoiados pelos "pelouros culturais" e uma vontade férrea da população da terra que representam, lhes têm proporcionado condições para arquivarem, mostrarem e divulgarem a sua historia.        
 

     


 

domingo, 20 de novembro de 2011

Toca a Música





« Toca a música» « Eh pá, toca lá essa gaita!»
Pois toca. Em Portugal, os cavaleiros e os matadores de toiros ouvem-na muitas vezes, para os Forcados ainda não toca. (passagem de um  livro de Solilóquio)
Embora ainda não se toque musica para os Forcados, certo é que combinar essa arte de sons e silêncio sempre fez parte da nossa festa brava.
O novel Grupo de Forcados da Vila de Riachos, ainda não a ouviu quer no ano de 2010 quer em 2011, mas os seus ascendentes (Forcados) ouviram-na muitas vezes e por isso aqui vos deixo alguns nomes de "agrupamentos" que existiram ou ainda existem e que muitas da vezes (ou em quase todas) não são referenciados ou anunciados embora sejam uma parte indispensável de qualquer toirada.
Uma parte do meu ano de 2010, foi passado a pesquisar e a escrever textos para uma radio afim de ir lembrando a todo o auditório que nem só as chamadas figuras do toureio são as protagonistas da festa dos toiros.
Se todos aqueles que geram trabalho na retaguarda não existissem tal espectáculo não era possível de realizar, mas eles na maioria das vezes continuam a ser esquecidos pela imprensa da especialidade.
Adiante.
Alguns nomes de "agrupamentos" que animaram as nossas praças de touros.
Banda Marcial Artistica
Banda de Musica da Golgã
Banda de Musica da Azinhaga
Sociedade Velha Filarmonica Riachense
Banda os Destemidos acompanhados pela distinta cantadeira Maria da Saudade (Toirada em 1947)
Rancho das Rosas de Portugal (Figueira da Foz)
Banda dos Bombeiros Voluntários da Barquinha
Banda de Musica Marcial Nabantina
Banda de Musica Gualdim Pais
Banda Artística Lisbonense 
Filarmónica 10 de Agosto
Filarmónica Figueirense 
Banda de Musica 1º de Dezembro do Montijo
Banda Democrática 2 de Janeiro do Montijo
Banda dos Bombeiros de Santarem
Banda Marcial de Almeirim
Filarmónica Cartaxense
Banda Instrução Coruchense
Banda de Musica da Sociedade Musical e Capricho Setubalense
Sociedade Filarmonica Providencia de Vila Fresca de Azeitão
Banda dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos
Banda de Musica da Praça de Algés
Banda de Musica 5 de Outubro (tocou em Paio Pires)
Banda dos Amadores de Musica Eborense
Banda de Musica de Figueiró dos Vinhos
Banda Timbre Seixalense
Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Alcacer
Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba
Sociedade Filarmónica Capricho Bejense
Banda de Musica de Nisa
Banda de Musica do Valado
Banda Operária Torrejana
Banda Municipal de Sobral de Monte Agraço
Filarmónica Golganense 1º de Janeiro
Muitas outras deram o seu contributo e outras tantas ainda o fazem e não seria desprovido de sentido que algumas revistas que se comercializam sobre a festa brava incluíssem nas suas paginas algum do historial desta "Bandas de Musica" bem como aspectos da vida de quem anda pelos "bastidores" da festa desde o arrumador, ao espectador, pois certamente que essas personagens tem historias interessantes para contar. 


 

sábado, 12 de novembro de 2011

Casa de pobre, tacho de cobre

Hoje, hoje mesmo, ainda à pouco fiz uma compra.
A compra de um livro, daquelas que são pechinchas, que nem em saldo se costumam encontrar quanto mais praticar.
Se por um lado fiquei contente por outro fiquei indignado.
Sei que atravessamos dias de crise e pelo que dizem o pior está para vir, mas se o que dizem for verdade, então que venha a crise porque os pobres também necessitam de sobreviver a avaliar pela compra que fiz a um preço que nem ao diabo lembra.
Com valores assim (verdadeiros achados) e que quem os pratica ou não sabe o que está a vender ou a crise é tanta que já "marcha" por qualquer preço, sei que doravante vou engrossar a minha "biblioteca" de livros sobre tauromaquia, que de outra forma não os podia adquirir.
Este exemplar que ainda não possuía é da autoria do Sr. Manuel Peralta Godinho e Cunha com prefácio do Sr. Joaquim Trancas de Oliveira Lucas, de quem sou amigo.
Quanto ao Sr. Manuel Peralta, não o conheço pessoalmente mas já tive o prazer de "teclar com ele" de visionar os seu blogues "Partebilhas" e "Tordesilhas" ao mesmo tempo que já deixou os seu sábios comentários neste meu "nosso" blogue.  
Algumas das obras do Sr. Manuel Peralta Godinho e Cunha

* Praça de Toiros de Santarém - Actuação dos Grupos de Forcados no Século XX
* 40 Anos do Grupo de Forcados Amadores de Èvora
* Os Forcados nos Concursos de Ganadarias de Évora
* João Patinhas - Um Forcado

Com o pseudónimo de Manuel da Zica
* Moscas Taurinas
* O Gato do Campo Pequeno


E assim é, em " Casa de pobre, tacho de cobre" que venha essa crise para eu poder desfrutar dela enriquecendo  a minha "biblioteca" ao mesmo tempo que talvez me vão aparecendo mais dados sobre os Grupos de Forcados que ao longo dos anos se foram formando na Vila de Riachos.
 
Sr. Joaquim Trancas de Oliveira Lucas

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Alcoa

O Alcoa, é um Jornal Regional Quinzenal, que está há 65 anos ao serviço de Alcobaça e da sua região.
No seu nº 2268, de 06 de Outubro de 2011 vem uma noticia relacionada com os Forcados de Riachos, cortesia do Sr Faustino Ângelo.
Esta foi a segunda vez que os rapazes de Riachos se deslocaram à Cumeira, (uma pequena localidade do Concelho de Alcobaça,) onde da primeira vez deixaram boa impressão com seu desempenho na demonstração de pegas.
Diz-nos essa noticia que houve um bravo jovem de Évora de Alcobaça, que sofreu uma colhida e teve que ser suturado.
Évora de Alcobaça, é uma Freguesia do Concelho de Alcobaça com 42,32 Km² de área, foi Vila e Sede de Concelho, entre 1332 e o inicio do século XIX.



sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Algarve e peças soltas

Estamos na chamada época do defeso e apesar de os Grupos que estão a querer renascer na Vila de Riachos, ainda não terem estreado as jaquetas, já deram mostras de que a "coisa" é para seguir em frente.
Mais uma vez quero expressar o meu descontentamento por não ter havido ainda um entendimento (união) entre o grupo dos "mais velhos" e o dos "mais novos", ambos pertencem à Vila de Riachos, e sempre ouvi dizer que a união faz a força.
Depois parece-me (como observador, historiador desse fenómeno) que existem "energias" estranhas a quererem descredibilizar um trabalho que está a ser feito (e bem) por quem quer reabilitar uma tradição, (de ambas as partes).
Também me parece que existem pessoas mais empenhadas em dificultar a vida a quem está a trabalhar em prol da festa brava na Vila de Riachos do que em ajuda-las. Algumas pensam que são eternas e não se mentalizam que tiveram o seu tempo, que ficaram na historia daquela Vila, (pela positiva)  mas que actualmente com essa atitude vão deitar tudo a perder porque se isso de mim depender irei retrata-las no meu próximo livro como pessoas não gratas expondo o que omiti no anterior para que as futuras gerações não caíam nos mesmos erros que por inveja, arrogância, ou outros atributos deploráveis fizeram com que a tradição não tivesse uma continuação.
Os meus parabéns aos que agora estão empenhados nesse trabalho de reabilitação, (com um conselho) não se deixem manipular por atroadas de boatos que os pretendem desunir, que fazem com que se voltem uns contra os outros, primam pela união em prol daquilo que gostam e do que querem deixar como legado na vossa Vila, que mesmo a não ser de natividade foi a que optaram para residir e constituir família.
Desabafos à parte e vamos as peças soltas.



António Serra Torres (década de 40)






Filipe Gonçalves (Cavaleiro tauromáquico) Prova de praticante 25 Out 1998 em Riachos

Grupo Juvenil do Futuro de Riachos
Mais uma localidade a tentar o reabilitar de uma tradição
Mais um espectáculo em Riachos
Anos 40 (Serra Torres o responsável pela parte mais documentada)
Outros tempos outra mentalidades