Uma vez alguém disse:
“Um livro é um mundo
mágico cheio de pequenos sinais, em que os mortos podem regressar à vida e os
vivos podem viver eternamente”.
É correto este pensamento embora não se aplique só aos
livros mas sim a tudo o que nos rodeia. Para tal basta estarmos atentos a
sinais e com sensibilidade suficiente para os interpretar.
Posto isto apraz-me dizer que estão de parabéns todos os
intervenientes no espetáculo de beneficência que se realizou no dia 15 de
Outubro, 2016 na Praça de Touros de Vila Nova da Barquinha porque souberam
interpretar esses sinais.
Segundo li, o Ricardinho, é um menino de 8 anos que alguém
“sinalizou” com a finalidade de lhe proporcionar uma melhor qualidade de vida.
O G.F.A.R. não ficou indiferente a esse apelo bem como já
não tinha ficado a outros onde se disponibilizou para proporcionar alguns
“momentos mágicos” a essas pessoas e eu fiquei sensibilizado e orgulhoso “dos
meus rapazes”. Parabéns a todos bem hajam.
Faz algum tempo (meses) que não posso acompanhar o Grupo,
mas vou tendo algumas notícias em conversas fortuitas que mantenho com quem
está perto dos acontecimentos.
Por vezes ao saber da disponibilidade do Grupo para dar o
seu contributo a quem quer que seja e dentro das suas possibilidades, fico a
pensar:
- Mas quem é que os ajuda a eles? E fiquem a saber que esses
rapazes até nem pedem muito. Pedem simplesmente que lhes deem uma oportunidade
para fazerem o que mais gostam.
Não deve de ser fácil a um qualquer Cabo de Forcados motivar
a rapaziada quando surgem alguns convites para pegarem em corridas onde atuem
outros Grupos com os quais não podem pegar.
Como aficionado (leigo na matéria) já ando embaralhado e não
consigo perceber se quem quer acabar com as touradas são os anti Taurinos ou os
que defendem a tauromaquia. Também me começo a aperceber que afinal não existe
na forcadagem tanta união como pensava que existisse e como me foi transmitido
pelos meus antepassados pois não vejo grupos a manifestarem-se em apoio de
outros Grupos. Ou seja: - Eu estou bem, os outros que se lixem.
Julgava eu que todos os valores que um Grupo respeita era
extensível a todos os Grupos e que a solidariedade começava quando um Grupo não
se recusava a pegar com outro independentemente das consequências, se é que
elas existem pois quanto a mim as maiores consequências que um Grupo pode
enfrentar estão dentro da arena tudo o resto deveria ser paisagem.
Como aficionado começa-se a apoderar de mim um certo
desgosto e algum desconforto com estas situações. Aliás alguma da minha
indignação no que respeita à tauromaquia surgi-o em artigos que li datados do
final do século XIX início do século XX, onde os Grupos de Forcados não eram
referenciados e quando o eram os jornalistas geralmente faziam-no em modo
depreciativo.
Quem escrevia essas notícias estava mais virado para o
toureio equestre ou apeado, transparecendo serem tendenciosos e não imparciais
porque talvez tirassem benefícios com isso. Outros tempos.
Agora mudando de assunto quero informar que a tertúlia do
G.F.A.R. levou uma remodelação (informação dada pelo antigo cabo Carlos Branco)
para que os frequentadores tenham mais conforto nesse agradável espaço. Podem
consultar os horários na página do Grupo no Facebook.
As minhas pesquisas continuam e quando eu achar oportuno
darei mais noticias.