Pelo que julgo saber está em curso, uma reestruturação na
chefia do Grupo, saindo o atual cabo, Carlos Branco, (que põe assim este ano um
ponto final à sua carreira de Forcado) para dar lugar a um outro elemento.
Correndo o risco de ferir alguma susceptibilidade faço agora
uma análise a este último treino que para mim não foi treino.
Se o primeiro treino desta temporada pecou pela ausência de
alguns elementos revelou-se ao mesmo tempo, muito produtivo.
As condições climatéricas bem como o piso do terreno não
ajudaram, mas os elementos mais novos absorveram os ensinamentos dos mais
velhos que não se pouparam a esforços, para lhes ministrarem as lições
necessárias para um bom desempenho.
Uma vaca e dois novilhos, serviram muito bem para se
corrigirem posições, colocação de mãos, saída da cara, cernelhas e mais uma
série de atitudes que se têm de respeitar para que tudo resulte em pleno.
- Fizeste mal, faz com calma, tens que olhar para trás para
ver se o grupo já está organizado, atenção às mãos, dá mais um passo ou recua
mais, fala ao touro etc…
Estas, entre outras, foram algumas das palavras que se
ouviram, com os mais velhos depois a exemplificarem na prática e os mais novos
novamente a repetirem a dose.
O segundo treino (que para mim não foi treino) pareceu-me
mais uma “prova de fogo real” tipo, vamos lá ver se estes tipos mais novos se
intimidam.
Não sei se será uma boa conduta mas pelo menos dá para separar
logo à partida o joio do trigo.
O treino decorreu longe, com a concentração do pessoal a ser
feita num domingo bem cedo na sede do Grupo. Os novilhos touros, estavam bem
apresentados e a “baterem duro”.
Durante o “treino “nada de muitas explicações, (ou se gosta
ou não se gosta), para mim foi “uma prova de fogo real” vamos lá ver do que os
novos são capazes.
Se alguém ainda tinha dúvidas sobre a coragem destes novos
elementos, este “treino” foi a maior constatação para as dissiparem, quando se
viu a coragem, resistência e o domínio sobre o medo (não a ausência dele)
destes rapazes.
Os mais velhos deram o exemplo, deram o corpo ao manifesto,
deram-lhes provas de amizade, camaradagem e disseram-lhes: - Estamos aqui.
Os mais novos disseram, estamos cá, por isso vamos a isto.
Por mim enalteço (espero não me esquecer de ninguém) o Joel
Santos que segundo a gíria da rapaziada “está feito um cavalão”; Afonso Vieira;
André Clemente; João Formigo; Pedro Vieira.
“Prova de fogo real" concluída com distinção.
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