É como “limpar o cu a meninos”
“Limpar o cu a meninos”, vamos acreditar que se refere à facilidade
com que se executa uma tarefa.
Não é assim tão linear porque há tarefas bem difíceis de
executar e todas elas dependem do ponto de vista de cada um, bem como do poder
de análise, estando por dentro das coisas obviamente.
No dia treze do mês de Março 2016, no tentadeiro da Quinta
do Falcão, em Tomar, propriedade do Cavaleiro Tauromáquico Rui Salvador,
decorreu o terceiro treino desta temporada, do Grupo de Forcados Amadores de Riachos, agora
comandado por João Paulo Conde Branco.
A minha análise (que é só minha) vem garantir que o futuro
do Grupo, vai sendo assegurado pese embora o facto de todos os intervenientes
terem de refletir sobre a logística que quanto a mim deixa muito a desejar, (a
seu tempo irá melhorando).
A minha análise:
Sem compromissos
assumidos fui o primeiro (do grupo, entenda-se) a chegar ao treino, mas quando cheguei já
lá encontrei o cabo dos Amadores de Tomar, Sr. Marco Fernando de Jesus, a quem
me fui apresentar e com quem mantive uma conversa informal (e intima) sobre os
dois Grupos, mas que entendi muito produtiva para mim. Escutando com atenção o
que com serenidade, pausadamente, e um saber estar, o amigo Marco Fernando, me
foi elucidando sobre o mundo da forcadagem. Um abraço para ele e parabéns ao
grupo de Tomar, que comemora este ano, 60 anos de atividade.
Sem saber o que me esperava do treino comecei por ver
algumas caras novas, (muito jovens) e com uma certa nostalgia comecei a
recordar outras que me fazem saudades e que comigo privaram nos primeiros
treinos do Grupo mas que por qualquer motivo não puderam estar presentes neste
treino. Recordei também os acompanhantes que comigo conviviam nos bastidores
(antes e depois dos treinos) em que sempre houve uma palavra amiga uma critica
construtiva que eu sempre consegui digerir (mas que alguns não) e volto a
recordar o velho João Serra, (num oficio destes, não vale a pena ganhar inveja:
é um oficio de apanhar porrada). Também recordei os que estão longe, emigrantes,
com quem por vezes troco palavras como o amigo Walter Gameiro, (sócio honorário
do Grupo da terra que o viu nascer, Riachos).
Do treino posso dizer que fiquei sensibilizado por ver os
mais novos a serem testados (essas caras novas) de quem ainda não conheço alguns
dos nomes mas que os vi valentes sabendo que alguns deles nunca tiveram
contacto com reses bravas mas simplesmente (uma semana antes) com uma tourinha,
apresentaram-se com maneiras, valentia e entrega denotando que assimilaram o
que o cabo lhes transmitiu. Os dois novilhos que saíram para o treino foram da ganadaria
Nuno Matos, que corresponderam bem, sem fazerem mal aos “miúdos”.
A madrinha do Grupo, (a Fadista Teresa Tapadas) fez questão
de estar presente onde num ato de respeito por parte do Grupo, lhe foi dedicada
a primeira pega. O amigo Paulo, vindo de Lisboa, esteve bem nas fotografias (e
com coragem) para quem nunca andou nestas andanças, misturou-se com a rapaziada
dentro da arena. Carlos Seixas, Inês Martins, e muitos outros, sempre
presentes.
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