Por motivos profissionais amanhã dia 30-07-2016, não poderei
estar presente para a estreia como cabo do Grupo de Forcados Amadores de
Riachos, do meu amigo João Paulo Conde Branco. Assim sendo também irei perder a
fardação de novos elementos e evocar todos os outros (não estão esquecidos) que
por lá passaram. Somos uma família e na parte que me toca assim vamos
continuar. Riachos teve nas festividades da Bênção do Gado, (de quatro em
quatro anos) uma corrida de touros. Houve anos em que por não haver Grupo de
Forcados na terra, se juntavam forcados de Riachos, a pegar em outros Grupos,
para assim darem continuidade a uma tradição. Intitulavam-se de Grupo de
Forcados Amigos de Riachos, em que “presumo” o meu amigo Fernando Fetal, seria
o organizador de tal Grupo, entre outros, (requer da minha parte investigação
sobre isso). Portanto para mim são
muitos os atrativos perdidos em um só dia, ou em um par de horas, mas paciência
a vida é mesmo assim. Tento no entanto agarrar-me aos tempos de pesquisa (já lá
vão 21 anos) e aos momentos em que convivi com os atuais rapazes. Às viagens para
os treinos, que fiz com o meu amigo Carlos Seixas, e as conversas que tivemos
durante vários quilômetros, aos ensinamentos que adquiri do anterior
Cabo, Carlos Branco, bem como ao percursor de uma tradição que estava
adormecida desde os anos de 1960 e que ressuscitou em 1995, pela mão do João
Santos (João da Areia) e tantos outros que também não estão esquecidos. Durante
todo este tempo assisti a anseios, abnegação, sacrifício, acidentes, momentos
hilariantes, e outros bem difíceis. Também recordo que fiz fé (nos treinos em
que fui pegar) em pessoas que mal conhecia, mas que presumi que iria estar em
boas mãos, (e estive) pois todos assumiram a responsabilidade (até mesmo o
Palitos eh eh). Recordo pessoas que sem se aperceberem e em conversas fortuitas
me fizeram voltar atrás no pensamento e relembrar as preocupações que temos com
os filhos e elas por os verem envolvidos em "coisas" que o coração leva um
desgaste tremendo mas que para os verem felizes os apoiam, sofrem e relegam
preocupações até ao momento da verdade. Recordo também algumas pessoas que têm
tido uma preocupação extraordinária para com o Grupo, o meu amigo Walter
Gameiro; José Manuel da Luz; o amigo Fanha, entre outros que serão lembrados a
seu tempo. Dos mais recentes tenho saudades (sem ferir susceptibilidade) do
Alexandre (Espalha) Marquitos; Carlos Correia, João Inverno “Palitos” Jorge
Lopes, (que há bem pouco tempo me ofereceu uma recordação) e tantos outros que
a seu tempo serão recordados. Esta rapaziada está a dar “ o litro” por uma
“afición” que remonta pelo menos ao século XVIII, só por isso são merecedores
do meu reconhecimento e penso que pelo menos da simpatia de todos os
Riachenses. Nesta corrida haverá mais um atrativo (não menos importante) um
filho da terra Paco Velásquez, (Matador de Touros) fará a sua segunda atuação
na terra que o viu nascer. Sorte para todos
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