terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

“Há duas espécies de ruínas: uma é o trabalho do tempo, outra o dos homens”.












Olhei para ti e reparei que ainda lutas contra as intempéries.
É uma luta desigual, sim eu sei.
Sei que em outros tempos aguentavas melhor.
Tinhas amigos que cuidavam de ti, te acarinhavam a troco de nada.
Tu eras tudo para eles.
Eles sabiam que te importavas com as lágrimas derramadas e as vibrações de alegria e cuidavam de ti.
Quando a natureza te molestava e te provocava feridas lá vinham eles para as sararem a troco de nada.
A troco de nada os teus amigos faziam alarde de ti.
Tu eras tudo para eles, eras o orgulho deles.
Entrei dentro de ti, olhei para ti e fiquei com saudades dos teus amigos.
Eles já cá não estão, mas tu ainda lutas.
- Sabes, ainda conheci alguns dos teus amigos.
- Hoje dia 04-01-2017, dentro de ti, estiveram os meus amigos.
- Sabes, eles são descendentes de amigos dos teus amigos e aos quais absorveste lágrimas e vibrações de alegria, lembras-te?
- Não sei se os meus amigos repararam em ti.
- Mas se repararam em ti, certamente pensaram que estás bem porque nunca te viram como eu te vi.
- Eu tenho a sorte de ter esses rapazes como amigos, e eles hoje estiveram aí a treinar.
- Os teus, há muito que se finaram, mas tu ainda lutas.
(Praça de Touros de Vila Nova da Barquinha)





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