Olhei para ti
e reparei que ainda lutas contra as intempéries.
É uma luta
desigual, sim eu sei.
Sei que em
outros tempos aguentavas melhor.
Tinhas amigos
que cuidavam de ti, te acarinhavam a troco de nada.
Tu eras tudo
para eles.
Eles sabiam
que te importavas com as lágrimas derramadas e as vibrações de alegria e
cuidavam de ti.
Quando a
natureza te molestava e te provocava feridas lá vinham eles para as sararem a
troco de nada.
A troco de
nada os teus amigos faziam alarde de ti.
Tu eras tudo
para eles, eras o orgulho deles.
Entrei dentro
de ti, olhei para ti e fiquei com saudades dos teus amigos.
Eles já cá
não estão, mas tu ainda lutas.
- Sabes,
ainda conheci alguns dos teus amigos.
- Hoje dia
04-01-2017, dentro de ti, estiveram os meus amigos.
- Sabes, eles
são descendentes de amigos dos teus amigos e aos quais absorveste lágrimas e
vibrações de alegria, lembras-te?
- Não sei se
os meus amigos repararam em ti.
- Mas se
repararam em ti, certamente pensaram que estás bem porque nunca te viram como
eu te vi.
- Eu tenho a
sorte de ter esses rapazes como amigos, e eles hoje estiveram aí a treinar.
- Os teus, há
muito que se finaram, mas tu ainda lutas.
(Praça de
Touros de Vila Nova da Barquinha)
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