sábado, 20 de agosto de 2011

Praças de touros desmontaveis

Como todos sabem as praças de touros desmontáveis dão um precioso contributo na manutenção dos  aficionados que por varias razões não se podem deslocar das suas terras para assistirem a espectáculos tauromáquicos. Estou a falar de pessoas idosas com dificuldades de transporte, económicas entre outras.
Quando ainda jovens ninguém os parava nessa sua ânsia de apreciarem o espectáculo. A pé, de bicicleta, carroça, tudo valia para as deslocações ás praças fixas que existiam, algumas bem longe do local de residência.
Acontece porem que agora, mesmo tendo a vida facilitada no que respeita a apreciarem esse espectáculo (em virtude de o mesmo se deslocar até eles) acabam  por ter dificuldade em suportarem os preços das entradas.
Sei que tudo tem um custo e que nos dias que correm não é fácil suportar certas despesas mas também penso que os artistas, empresários, entre outras entidades haviam de conjugar esforços para continuarem a proporcionar a essas pessoas uma ida aos toiros com preços acessíveis porque afinal de contas foram elas que em outros tempos encheram as praças.  
Vem isto a propósito porque me fizeram chegar ás mãos uma revista que fala do percurso do Matador de touros Ricardo Chibanga, que é proprietário de praças desmontáveis e que assim faz chegar a festa brava a locais onde não existem arenas. Mas com isto também quero recordar que se não houvesse ninguém que lhe tivesse (dado a mão) acreditando no seu valor hoje não estaria aqui a falar dele.
Foi na década de 1970, ali na estrada que liga a Vila da Chamusca, à ponte da Chamusca, que alguém mandou parar a viatura onde Ricardo Chibanga, se deslocava e me o apresentou.
Eu era um miúdo de tenra idade, mas senti-me importante porque aquele homem ainda vestido com o traje de luzes saiu da parte de trás da viatura e me veio cumprimentar.
Agora recordando aqueles tempos contemplo a humildade daquele homem, que naquele caso até parecia que a celebridade era eu.
Dai por uns dias, dou comigo numa pensão da Vila da Golegã, num modesto quarto, junto do meu ídolo, onde ele me dá uma fotografia devidamente autografada e me manda escolher outra.
Escolhi uma e ainda hoje as guardo religiosamente não sem que olhe para uma delas e me leve a pensar porque é que a escolhi.    
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A minha escolha recaiu sobre a do canto superior

           
      

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