sexta-feira, 29 de julho de 2016

Jovem "Cabo"

















Por motivos profissionais amanhã dia 30-07-2016, não poderei estar presente para a estreia como cabo do Grupo de Forcados Amadores de Riachos, do meu amigo João Paulo Conde Branco. Assim sendo também irei perder a fardação de novos elementos e evocar todos os outros (não estão esquecidos) que por lá passaram. Somos uma família e na parte que me toca assim vamos continuar. Riachos teve nas festividades da Bênção do Gado, (de quatro em quatro anos) uma corrida de touros. Houve anos em que por não haver Grupo de Forcados na terra, se juntavam forcados de Riachos, a pegar em outros Grupos, para assim darem continuidade a uma tradição. Intitulavam-se de Grupo de Forcados Amigos de Riachos, em que “presumo” o meu amigo Fernando Fetal, seria o organizador de tal Grupo, entre outros, (requer da minha parte investigação sobre isso).  Portanto para mim são muitos os atrativos perdidos em um só dia, ou em um par de horas, mas paciência a vida é mesmo assim. Tento no entanto agarrar-me aos tempos de pesquisa (já lá vão 21 anos) e aos momentos em que convivi com os atuais rapazes. Às viagens para os treinos, que fiz com o meu amigo Carlos Seixas, e as conversas que tivemos durante vários quilômetros, aos ensinamentos que adquiri do anterior Cabo, Carlos Branco, bem como ao percursor de uma tradição que estava adormecida desde os anos de 1960 e que ressuscitou em 1995, pela mão do João Santos (João da Areia) e tantos outros que também não estão esquecidos. Durante todo este tempo assisti a anseios, abnegação, sacrifício, acidentes, momentos hilariantes, e outros bem difíceis. Também recordo que fiz fé (nos treinos em que fui pegar) em pessoas que mal conhecia, mas que presumi que iria estar em boas mãos, (e estive) pois todos assumiram a responsabilidade (até mesmo o Palitos eh eh). Recordo pessoas que sem se aperceberem e em conversas fortuitas me fizeram voltar atrás no pensamento e relembrar as preocupações que temos com os filhos e elas por os verem envolvidos em "coisas" que o coração leva um desgaste tremendo mas que para os verem felizes os apoiam, sofrem e relegam preocupações até ao momento da verdade. Recordo também algumas pessoas que têm tido uma preocupação extraordinária para com o Grupo, o meu amigo Walter Gameiro; José Manuel da Luz; o amigo Fanha, entre outros que serão lembrados a seu tempo. Dos mais recentes tenho saudades (sem ferir susceptibilidade) do Alexandre (Espalha) Marquitos; Carlos Correia, João Inverno “Palitos” Jorge Lopes, (que há bem pouco tempo me ofereceu uma recordação) e tantos outros que a seu tempo serão recordados. Esta rapaziada está a dar “ o litro” por uma “afición” que remonta pelo menos ao século XVIII, só por isso são merecedores do meu reconhecimento e penso que pelo menos da simpatia de todos os Riachenses. Nesta corrida haverá mais um atrativo (não menos importante) um filho da terra Paco Velásquez, (Matador de Touros) fará a sua segunda atuação na terra que o viu nascer. Sorte para todos
                         

sábado, 23 de julho de 2016

O peso da responsabilidade




Na Vila de Riachos, todos acusam o peso da responsabilidade em receber bem os forasteiros que querem assistir aos festejos da Bênção do Gado, isto a avaliar pelo pouco que vi hoje quando me desloquei aquela Vila.
Também o peso da responsabilidade assenta em cima dos ombros de quem comanda o Grupo de Forcados Amadores de Riachos, que pela primeira vez, em uma corrida formal vai comandar homens na terra que o viu nascer (Riachos). João Paulo Conde Branco é o atual cabo deste grupo e organizou hoje um treino com a tourinha com a finalidade de corrigir, determinadas posturas, dos elementos que compõem aquele Grupo de Forcados.
Assisti a uma parte do treino onde inicialmente (e muito bem) foram focados (pelo jovem cabo) aspetos sobre atavio, postura, entre outras particularidades que se propõem para que o resultado final seja positivo na corrida de 30-07-2016, (sábado) pelas 17h00.
Como recuperador da história dos Grupos de Forcados de Riachos, sócio e amigo continuo a considerar-me o mais crítico (construtivo) sem intensão de ferir alguma susceptibilidade. Não me foi oportuno expressar a minha opinião neste treino, nem fazia sentido transmiti-la pois isso já foi feito no manual que elaborei (penso que em 2010) basta para tal lê-lo e interpreta-lo. Acontece que quase tudo esteve perfeito neste treino, o tal discurso inicial onde (penso) que todos assimilaram o que lhes foi dito pela atenção e concentração com que estiveram. As recomendações do cabo saíram expressivas bem como as correções feitas durante a parte prática do treino. Faltou uma coisa que está expressa no manual e á qual dou muita relevância pois mesmo sendo todos muito perfeccionistas é possível amenizar o peso da responsabilidade compartilhando decisões ouvindo outras pessoas que talvez possam esclarecer pontos que nos podem passar ao lado pelas mais diversas razões. Não me vai ser possível estar presente na corrida, de dia, 30-07-2016, por isso desde já desejo que Deus reparta a sorte por todos os intervenientes.