quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Mal-Me-Quer Bem-Me-Quer

Apesar de existirem certas carências (não humanas) os Grupos de Forcados que se formaram ao longo dos anos na Vila de Riachos sempre corresponderam ás expectativas para as quais foram solicitados.
A abnegação e o grande sentido de responsabilidade de alguns elementos e principalmente de quem comandou esses Grupos foi essencial para garantirem a aprendizagem de muitos jovens na difícil arte de pegar toiros.
De uma forma empenhada os cabos desses Grupos sempre souberam assegurar a manutenção do Grupo pelo menos enquanto dele fizeram parte, mas pelos vistos não souberam foi dar-lhe continuidade dai os interregnos que se foram verificando.
Portanto ao longo dos anos esses Grupos de Riachos foram-se extinguindo e renascendo.
É costume dizer-se que os homens passam mas as instituições ficam mas aqui não foi o caso.
Ali em Riachos os homens passaram e as instituições extinguiram-se para depois voltarem a renascer pela mão de outros.
Penso que é de aproveitar os exemplos daqueles que dignificaram essa instituição a fim de lhe dar agora uma continuidade sem interrupsões.
Todos os que por lá passaram deixaram uma pagina escrita na historia daqueles Grupos e é assim que eu os gosto de recordar pela positiva.
Gosto de entrar na tertúlia e ver as fotografias dos homens que comandaram aqueles Grupos em diferentes épocas e de saber que tudo fizeram para dignificar a memoria de quem por lá passou.
Eles souberam sair com dignidade e enquanto por lá andaram tudo fizeram para dignificar a jaqueta a memória dos seus antepassados e a terra que representaram, por isso são merecedores de figurarem nas paredes da tertulia para nunca mais serem esquecidos.
Para mim tanto me faz se foi o Grupo Profissional de Riachos, Grupo de Forcados Amadores de Riachos, Grupo de Forcados do Aposento de Riachos ou somente Grupo de Forcados de Riachos.
Qualquer nome nunca é mais forte do que a união de todos os elementos mais o nome da terra que representam. 

À esquerda João Santos Grupo formado em 1995 à direita Carlos Branco actual cabo
Lançamento do livro "Esquecidos da Morte" 2004

Sem comentários:

Enviar um comentário