sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Forcados e solidariedade

As coisas são como são e não vale a pena eu estar aqui a dissertar muito sobre elas.
No entanto tenho que fazer um  reparo  ao espírito beneficente e de solidariedade que envolve o carácter das pessoas que integram os grupos de Forcados e não só.
Nos tempos que correm algumas pessoas não fazem nada sem que dai possam tirar proveito.
Os Forcados esses sim estão sempre prontos a dar o seu contributo e "não têm nada a perder" porque mesmo sem serem corridas de beneficência "nada" recebem.
Bom, quando digo (não têm  nada a perder) falo em termos monetários, porque podem perder tudo.
Se analisarmos a situação podem perder a vida.
Podem perder o sustento da família se ficarem inválidos.
Podem perder dias de trabalho se a colhida os enviar para o hospital.
Mas eles nunca se negam.
Até mesmo antigamente quando existiam Forcados profissionais, caso fossem convidados para espectáculos de solidariedade eles prescindiam de qualquer ganho.
Vem isto a propósito de que no ano de 1997,na Primeira Grande Corrida "Abraço" no Campo Pequeno em Lisboa, quatro Forcados do Grupo de Riachos integraram a selecção de Forcados.
Foram eles: José Quitério (foi à cara) Fernando Gandara (primeira ajuda), Ângelo Sousa e Marco Alves (2ª ajudas).
Agora só mais um apontamento que diz respeito ao relatório de contas do exercício de 1945, do Sindicato Nacional dos Toureiros Portugueses onde foi atribuído um subsidio de 500 escudos a um Forcado de Riachos de seu nome António Augusto por ter sofrido uma colhida numa espera de toiros em Vila Franca de Xira pela altura das festas do Colete Encarnado.

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