quinta-feira, 30 de julho de 2015

Screening



Depois de ver uma tourada, fico com a minha opinião formada sobre o que aconteceu e nunca a manifesto publicamente até porque não percebo quase nada do assunto. Nesta corrida de touros que se realizou no dia 26-07-2015, na Vila de Riachos vai ser diferente porque me apetece opinar correndo o risco de cair no ridículo.
À partida penso que esta corrida de touros foi a mais fotografada no que respeita ao Grupo de Forcados Amadores de Riachos. Só à minha conta cheguei a casa com mais de 900 fotos, mas é claro que não sendo profissional podem logo tirar uma conclusão do resultado final desses instantâneos, já vi por aí muita coisa boa.
Mas vamos ao que interessa.
Por gentileza do cabo, foi-me permitido assistir à "fardação" e aí fiquei a saber que o diretor de corrida só permitiu que se fardassem 18 elementos.
Bom, regulamentos são regulamentos e têm que ser respeitados, mas pergunto o seguinte: Em outras touradas até mesmo nas televisionadas vejo tanta gente entre barreiras em que alguns nem estão a trabalhar e para a despedida de um cabo não se poderia abrir uma exceção? Até nem iam estar entre barreiras à civil.
Chegado à praça desmontável passou-se muito tempo antes que as portas se abrissem.
Estavam idosos, crianças, algumas pessoas com mobilidade reduzida amontoadas em uma réstia de sombra proporcionada pela praça. Certo é que depois de nos acomodarmos passou pouco tempo para se iniciar o espetáculo.
Iniciou a função o cavaleiro Joaquim Bastinhas, que igual a si próprio esteve despachado nas duas atuações.
Foi para a cara do primeiro touro o cabo Carlos Branco. O touro veio pelo seu caminho sem levantar dificuldades e a pega consumou-se à primeira tentativa.
As equipas do embolador Estorninho, bem como os bandarilheiros estiveram diligentes no recolher dos animais evitando assim demoras, e a ferragem foi esmerada pelo embolador Estorninho.
O segundo e o quinto touros da tarde foram lidados pelo cavaleiro Gonçalo Fernandes, que falhou um ou dois ferros, quanto a mim por falar pouco ao touro.
Para a segunda pega da tarde o Forcado da cara foi Orlando Silva, que pegou à quarta tentativa. Pareceu-me que o touro tinha ganho uma crença no local de onde foi desafiado pela primeira vez, segundo tenho observado nos treinos o Orlando Silva (que pouco conheço) é um Forcado muito experiente mas recua pouco pegando quase de “estaca” (deve ser assim que se sente bem) e o touro no momento da reunião fez um estranho, a pedir que o Forcado desse mais um passo atrás. Isso não aconteceu e daí as quatro tentativas. Para a terceira pega, foi prá cara do touro o atual cabo, João Paulo Conde Branco, ao primeiro intento, e sem dificuldades de maior.   
O matador de touros Paco Velasquez, nesta segunda atuação na sua terra, esteve bem, ressentiu-se de uma lesão no seu segundo touro e despachou o caso.
A última pega do grupo nessa tarde foi executada à segunda tentativa pelo Forcado Mário Vieira. Pareceu-me que para o porte daquele forcado, o touro tinha a córnea fechada talvez um Forcado esguio se sentisse mais confortável.
A banda da Sociedade Velha Filarmônica de Riachos, merecia ter estado à sombra.
Primeiras ajudas com nota superior e os restantes elementos só pecaram em uma das situações em que não foram lestos em distrair o touro de um colega caído. Bombeiros de Torres Novas, sem serviço felizmente.
Público correspondeu com praça cheia e entusiasmo que em um dos setores foi exagerado pois não se tratava de nenhum dos desportos onde se tenha que “puxar” pelos atletas.


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